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Transformação Organizacional e Cultura: Inovação com Propósito

O conceito de transformação organizacional está mudando profundamente a maneira como as empresas encaram o desenvolvimento humano e a cultura corporativa. Bruno Bazanella, fundador da Farofa Consultoria, traz uma visão inovadora e prática sobre como as organizações podem integrar esses elementos para impulsionar o crescimento e a adaptabilidade.

Confira as perspectivas de Bruno sobre os caminhos para construir uma cultura organizacional sólida, promovendo o desenvolvimento pessoal e profissional em um cenário empresarial dinâmico e desafiador.

A Trajetória Profissional e Acadêmica de Bruno Bazanella

Durante a conversa, Bruno compartilha sua trajetória profissional e acadêmica, revelando o que o levou a se especializar em Cultura Organizacional. “Eu tive uma trajetória de bastante tempo dentro da RandonCorp”, explica Bruno. “Entrei lá um gurizinho, e foi onde aprendi muito sobre gestão e mapeamento de processos. Trabalhei lá por quase 12 anos, construindo uma história profissional rica em implementações de tecnologia e revisões de processos estratégicos”.

Bruno destaca que sua curiosidade em entender as diferenças de desempenho entre equipes e lideranças o levou a se apaixonar pelo desenvolvimento humano. “Sou administrador com especialização em gestão por competências e mestre em indústria criativa. Na época da minha formação, não falávamos tanto sobre cultura, mas tive a oportunidade de trabalhar em um projeto focado em cultura organizacional na Randon”.

A Criação da Farofa Consultoria e a Inspiração para o Nome

Essa experiência culminou na criação da Exo, que se tornou a unidade de negócios Conexo, uma plataforma de inovação da RandonCorp. Após sua passagem pela Randon, Bruno expandiu sua carreira para a Lojas Renner, outra gigante gaúcha. “Percebi que empresas médias e familiares também precisavam fortalecer suas competências estratégicas, o que me levou a fundar a Farofa Consultoria”.

Completando três anos de atuação em novembro de 2024, a Farofa é um “bebê”, mas Bruno expressa orgulho pelo que está sendo construído. Além de consultor, ele é pesquisador e professor, com uma verdadeira paixão por estudar criatividade e desenvolvimento. “Para mim, já não é nem trabalho, é quase um hobby”, ressalta Bruno.

Ari menciona a curiosidade sobre o nome “Farofa Consultoria”. Bruno Bazanella explica que o nome foi escolhido para instigar a curiosidade e promover a inovação, evitando o uso de estrangeirismos. Ele destaca que a metodologia da Farofa se baseia em combinar conhecimentos já existentes com novas ideias, valorizando a cultura brasileira. “Queríamos ter uma comunicação acessível e democrática”, diz Bruno, associando o nome à ideia de reaproveitar e enriquecer experiências, assim como se faz com uma farofa, prato típico que simboliza brasilidade e criatividade.

Integração de Desenvolvimento Humano e Inovação: O Papel da Farofa Consultoria

Ari comenta sobre a importância de evitar termos em inglês em projetos de gestão de mudança, pois facilita a comunicação e evita barreiras para aqueles que possam não entender certos termos. Além disso, ele elogia a abordagem da Farofa Consultoria, que transforma elementos diversos em algo melhor, refletindo uma integração entre desenvolvimento humano e inovação na transformação organizacional. Em seguida, Ari questiona como a Farofa atua para integrar o crescimento profissional e pessoal em um ambiente corporativo dinâmico e competitivo. Bruno então explica que o trabalho da Farofa é incentivar a participação ativa e a criatividade nas empresas, lembrando que as pessoas são o centro das organizações.

Bruno alerta para a falta de investimento em pessoas, que muitas vezes não são vistas como o foco estratégico. “Inovação é a característica de coisa, mas as competências das pessoas é que permitem que a empresa crie produtos inovadores”, afirma ele.

Adaptando a Gestão de Pessoas em um Cenário de Transformação Rápida

Ari levanta outra questão importante sobre o modelo atual de gestão de pessoas, considerando a velocidade das transformações no mundo e a adaptação necessária a uma realidade tão dinâmica. Para ele, é preciso revisar as práticas tradicionais para lidar com as mudanças rápidas nos processos e formatos de trabalho. “Não temos o certo ou errado, mas sim o aplicável para o momento”, afirma Ari, destacando a necessidade de métodos flexíveis na gestão.

Para contextualizar, Bruno fala das críticas comuns à nova geração, frequentemente vista como pouco comprometida. Ele sugere que a percepção negativa sobre jovens no mercado de trabalho reflete a imagem que as gerações passadas projetaram. “Nós fomos a nova geração de alguém”, menciona, sublinhando que a responsabilidade está nas lideranças atuais para se adaptarem e acolherem essas mudanças.

Superando Resistências e Abraçando a Transformação Organizacional

A constante evolução tecnológica desafia as organizações a se adaptarem rapidamente, como é o caso com a Inteligência Artificial, que cada vez mais se integra às operações diárias, automatizando tarefas repetitivas e permitindo análises mais aprofundadas. Essa modernização, no entanto, enfrenta resistência daqueles que temem o novo. A Farofa Consultoria adota um método prático para enfrentar esse desafio: simplificação e desmistificação, focando na adaptabilidade como um imperativo para o sucesso.

Bruno Bazanella observa que “é essencial transformar o complexo em simples” para facilitar a aceitação das mudanças. Ao investir em ciclos de aprendizado práticos, a Farofa busca introduzir novas ferramentas de modo controlado, permitindo que as equipes se familiarizem antes de uma implementação mais ampla.

Cultivando um Ambiente de Diálogo e Aprendizado Contínuo para a Transformação Organizacional

Dentro das organizações, o cultivo de um ambiente onde o diálogo e a diversidade de opiniões sejam valorizados é fundamental para a inovação. Bruno destaca que há mais aprendizado na dúvida do que em certezas absolutas. “Quem acha que está com 100% da razão perdeu ela”, ele ressalta, promovendo uma cultura de questionamento e abertura para novas perspectivas.

Ari reforça que a troca de experiências no campo da consultoria é uma jornada enriquecedora para todos os envolvidos, proporcionando aprendizado mútuo entre consultores e clientes. Bruno reflete sobre como a observação do comportamento das crianças pode ser inspiradora, destacando a curiosidade natural e liberdade que elas têm para explorar o mundo ao redor.

Valorizando o Conhecimento e as Experiências das Gerações

Ele menciona também a importância de valorizar o conhecimento dos mais velhos, como seus avós, que muitas vezes é subestimado ou negligenciado. Em vez de choque de gerações, a proposta é fundir as ideias de quem vivenciou muita coisa com quem é questionador o tempo todo. Este equilíbrio acaba sendo inovador porque é capaz de gerar ideias enriquecedoras das duas fontes, em vez de focar no conflito entre o que muitas vezes é considerado de forma errada como inexperiente e ultrapassado.

Promovendo Aprendizado e Inovação Centrada nas Pessoas

Bruno defende que aprender não se limita a cursos formais ou graduações. Para ele, é uma prática diária que podemos cultivar através de experiências diversificadas, como visitar novos lugares, experimentar comidas diferentes ou reconectar-se com amigos antigos. Ele enfatiza que o aprendizado relacional, obtido através de interações e reflexões sobre quem admiramos ou não, é crucial.

“Se perguntar para as pessoas sobre alguém com quem elas querem ser parecidas, elas vão lembrar. Agora, se pedir a alguém que elas não querem ser parecidas de jeito nenhum, elas também vão lembrar”. Bruno sugere que, ao final de cada dia, devemos refletir sobre o que aprendemos, pois ajuda nosso cérebro a catalogar e valorizar essas lições. Por último, ele lembra que nas organizações é vital criar conexões e fortalecer relações, pois isso não só facilita o aprendizado técnico, mas também promove um senso de pertencimento e eficiência dentro das equipes.

Focando no Essencial: O Caminho para Transformação Organizacional Sustentável

Discutir inovação e cultura organizacional, especialmente em um cenário onde modismos como a transformação digital estão em alta, é uma prioridade para Bruno. Ele sintetiza sua abordagem ao falar da importância de fazer o “arroz com feijão bem feito”, ou seja, focar no básico e executá-lo com excelência.

Bruno compartilha exemplos práticos de como a Farofa Consultoria tem ajudado empresas como a Cotrijal e a Santa Clara a desenvolver estratégias consistentes de inovação e desenvolvimento humano. Na Cotrijal, por exemplo, a Farofa apoiou a criação de um programa de ideias que fomenta a cultura de inovação através de workshops e ferramentas de design, permitindo que os colaboradores ampliem suas contribuições para a cooperativa.

Na Santa Clara, o foco está em resgatar a alegria e a celebração no ambiente de trabalho, reconhecendo que a felicidade e a conexão entre colegas são tão importantes quanto as ferramentas de inovação. Bruno conclui que as empresas devem colocar as pessoas no centro de suas estratégias, conectando o desenvolvimento humano com os objetivos de negócios, para realmente entregar valor e preparar suas equipes para o futuro. “É a cultura entregando valor para as organizações. É nisso que eu acredito. Estamos à disposição para as empresas que quiserem conhecer um pouco mais do nosso trabalho”.


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